Saúde mental na enfermagem
O mês de maio, tradicionalmente associado à celebração da enfermagem, também é um momento importante para refletir sobre um tema fundamental: a saúde mental dos profissionais da enfermagem.
Trabalhando na linha de frente do cuidado, muitas vezes em ambientes de alta pressão e com jornadas intensas, os profissionais enfrentam níveis elevados de estresse, ansiedade, burnout e outras questões emocionais. Reconhecer essas dificuldades é o primeiro passo para promover mudanças e garantir não apenas o bem-estar individual, mas também a qualidade da assistência prestada à sociedade.
Entre os principais fatores de risco para a saúde mental dos profissionais de enfermagem estão: sobrecarga de trabalho e plantões prolongados; convivência com o sofrimento e perdas de pacientes; falta de recursos adequados e equipes insuficientes; pressão emocional por lidar diariamente com vidas humanas.
De acordo com uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mais de 70% dos profissionais de saúde apresentaram sinais de sofrimento psíquico durante a pandemia — e entre eles, os da enfermagem foram os mais afetados.
É importante que os próprios profissionais se sintam autorizados a buscar ajuda sem medo de estigmatização. Cuidar da saúde mental é um ato de responsabilidade consigo mesmo e com aqueles que dependem do seu trabalho.
Falar sobre saúde mental, investir em programas de suporte, oferecer acompanhamento psicológico e estimular a cultura do cuidado são medidas fundamentais para transformar a realidade. A enfermagem é feita de ciência, técnica e, sobretudo, de humanidade — e essa humanidade precisa ser protegida.
Neste mês de maio, a Cooenf reforça seu compromisso em apoiar e valorizar a saúde emocional dos profissionais da enfermagem. Porque quem cuida também precisa ser cuidado.